2ª edição da campanha “Diga não à esmola” acontece no próximo dia 16

Promoção Social - Quinta-feira, 03 de Agosto de 2017


2ª edição da campanha “Diga não à esmola” acontece no próximo dia 16

 

Depois do lançamento da Campanha “Diga não à Esmola”, em fevereiro deste ano, a Secretaria da Promoção Social, por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS, realiza no próximo dia 16, às 14h30, a 2ª edição da campanha.

Nesta nova etapa, as atividades serão divididas em três pontos estratégicos da cidade. As ações de entrega de panfletos de orientação e sensibilização e de pit stop nos semáforos com faixas da campanha. As ações acontecem nas proximidades da Escola Estadual Sebastião Villaça, na avenida José de Almeida Carvalho, próximo à Rodoviária e no cruzamento da rua Barbosa Franco com a Praça Peixoto Gomide, considerados pontos de grande abordagem de moradores em situação de rua a motoristas e pedestres.

A ação conta com a participação de adolescentes do Movimento Jovem atendidos pelos CRAS -  Centro de Referência de Assistência Social.

O objetivo da campanha está em orientar a população de Itapetininga quanto aos prejuízos decorrentes da prática de dar esmolas. Além disso, alerta para o crescimento do número de pessoas em situação de rua que se mantém nestas condições graças às esmolas recebidas e que, frequentemente, tem acesso a drogas e outras substâncias por meio da arrecadação conquistada com esta prática.

Segundo a Secretária da Promoção Social, apesar da esmola parecer uma forma de ajuda, os prejuízos a esses moradores em situação de rua são drásticos. “Atualmente a Secretaria da Promoção Social, por meio do CREAS e dos CRAS realiza um trabalho intenso junto a esses moradores e suas famílias em busca do restabelecimento de vínculos. Temos inclusive, em parceria com o Serviço de Obras Sociais – SOS, o trabalho da Casa Rais - referência, apoio e inclusão social, que foi inaugurada no mês passado. Lá, os moradores têm oficinas e passam por um trabalho integrado para sua reinserção social. O problema é que com as esmolas, o acesso a bebidas e entorpecentes fica extremamente facilitado e isto inibe a presença dessas pessoas em projetos de acolhimento e ressocialização”, destaca.

 De acordo com ela, a simples entrega de dinheiro cria uma falsa expectativa para os moradores de rua que se mantêm na atual relação entre mendicância e drogas. Caso a população seja conscientizada, essa cadeia será interrompida. O objetivo é criar um novo caminho, com a integração às políticas públicas, com atendimentos junto a albergues, aproximação com a família e participação de cursos de qualificação profissional.

Ainda, segundo o Coordenador do CREAS, durante a primeira edição da campanha, foi realizada uma pesquisa sobre o tema. Foram entrevistadas 78 pessoas, de ambos os sexos. Os resultados demonstraram que 81% dos entrevistados não concordam com o ato de dar esmolas. Entre as principais justificativas estão a preocupação com o mau uso do dinheiro arrecadado e os prejuízos gerados em consequência disto (uso de drogas, manutenção da vida nas ruas, falta de acesso a condições mais dignas de sobrevivência).

“Há um pensamento sedimentado que a esmola é um ato respeitoso. Porém, cria-se uma falsa expectativa. Resolve de forma paliativa, mas a longo prazo, contribui para que essas pessoas permaneçam em situação de rua e longe da assistência necessária”, alerta o coordenador.

 

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